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Precisamos falar sobre o Afeganistão

,liss - 19 de Agosto

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Como a subida do Talibã ao poder afeta os Direitos da mulheres no Afeganistão

Helooou! Hoje venho aqui na Coluna Reflexões falar de um assunto que esteve em alta nessa semana: A tomada do Talibã ao poder do Afeganistão e quais consequências isso pode trazer aos direitos das mulheres que moram lá.

No domingo (15/08/21), o Talibã invadiu Cabul, capital do Afeganistão, e derrubou o governo de Ashraf Ghani, que fugiu do país abandonando o palacio presidencial. Com essa notícia diversas pessoas tentaram fugir de Cabul e imagens chocantes foram anunciadas na web, como essa abaixo de pessoas tentando se segurar em um avião para sair da cidade.

 

 

Antes de compreender como esse governo pode afetar, principalmente, às mulheres afegãs é preciso entender quem e como surgiu o Talibã. Durante a Guerra Fria houve uma batalha entre a União Soviética e o Afeganistão, um dos grupos rebeldes e armados era o mujahidin (que posteriormente deu origem ao Talibã em 1994). Com o medo do avanço comunista os Estados Unidos através da CIA, por alguns anos, financiou o grupo extremista na época com treinamento e armamento militar. Porém, eles não contavam que após a tomada ao poder em 1996 o Talibã, agora queria se livrar de influências estrangeiras, protegeu em 2001 o Osama Bin Laden,  líder do Al-Qaeda, e responsável pelo atentado às Torres Gêmeas. Nesse momento, iniciou um embante direto entre Estados Unidos x Afeganistão, os EUA enviou tropas para o Afeganistão e lá tiveram várias guerras.


A partir de 1996, quando o Talibã tomou o poder, ele implementou no país leis islâmicas. No entanto, é preciso entender que o Talibã não é a representação do islamismo, mas eles seguem o salafismo que é uma forma mais radical do Islã e assim implementaram a Sharia, que são leis extremamente radicais e que atinge diretamente o direito das mulheres.

 

Após a implementação da Sharia, as meninas ao completarem 10 anos eram proíbidas de estudar! As mulheres passaram a usar a burca, vestimento que cobre dos pés a cabeça, obrigatoriamente. Elas só poderiam sair em público acompanhada de um homem, e dirigir poderia levá-las a pena de morte. Adultério também era punido com pena de morte, no entando os depoimentos de mulheres não eram validados. 
Além de atacar o direito de mulheres e meninas, a Shiria também acabou com música, cinemas e televisão foram banidos em todo Afeganistão. E também tinha execução, pena de morte, em público para assassinos e adúlteros e amputação para ladrões.

 Não é atoa que a volta o Talibã aterrorizou os afegãos. Principalmente para as mulheres que poderão ter o seu direito de ir e vir totalmente afetados, terão de deixar de estudar, não poderão dirigir, etc. Zabiullah Mujahid, porta voz do Talibã, disse que o novo governo vai proteger os direitos das mulheres "dentro dos limites da lei islâmica". E também foi anunciado em TV local que teria "anistia geral" e pediu para os funcionários voltassem aos cargos. O Talibã quis se mostrar ao mundo com uma nova face, menos extremista.

No entanto, a imagem não durou tanto tempo após o primeiro protesto público o Talibã respondeu com violência, abrindo fogo contra a multidão e deixando mortos e feridos. 

 

Preciso ressaltar novamente que o Talibã é diferente da religião Islâmica, o islamismo em si não oprime as mulheres da forma que o Talibã fez, e provavelmente fará novamente. Assim como os Católicos e Evangelicos seguem a Bíblia o Islã segue o Alcorão, um livro antigo e que se pode tirar várias interpretações. Portanto, assim como nas religiões mais comuns no Brasil, catolicismo e evangelismo existem uma ala mais conservadora assim é o Islamismo. Portanto, nem todos que seguem o islamismo concordam com a Sharia o que o Talibã fez no Afeganistão. Temos que ter essas ideias claras para não propagar mais ódio e desinformação.


E encerro esse texto desejando aos afegãos, principalmente afegãs, boa sorte pois é reconhecido na história esse governo como totalitário e cessa liberdade que consigam sobreviver, pois no fim da história independentemente do lado quem mais sofre são os cidadãos comuns.

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